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Quem vê cara não vê o corona não

Muito dos relatos que leio sobre pessoas vítimas diretas (doentes) ou indiretas (que perderam um ente querido) estão relacionados a um churrasco, um chimarrão, uma visitinha e por ai vai. Afinal, que mal tem um filho visitar os pais? Netos ver os avós? Você ver aquela amiga de anos? São todos parentes ou conhecidos. Não tem esse negócio de coronavírus. Será?!

Vamos começar do começo:

Vírus são os únicos organismos acelulares da Terra atual. Os vírus são seres muito simples e pequenos (medem menos de 0,2 µm), formados basicamente por uma cápsula proteica envolvendo o material genético, que, dependendo do tipo de vírus, pode ser o DNA, RNA ou os dois juntos (citomegalovírus). Fonte: Só Biologia

0,2 µm (micrômetro) é iguais a 200 nanômetros ou 0,0002 milímetros. Agora pensa um pouco! Se uma pulga mede 2 milímetros e você mal vê, imagina algo que mede 10 mil vezes menos?!

Sei que a explicação é tosca; mas é verdade gente!

Só quero exemplificar que o vírus é invisível. Pode estar em qualquer lugar ou pessoa. Então pense bem antes das saidinhas, churrasquinhos, chimarrãozinhos e por ai vai.

Se ficar em casa é ruim, imagina pegar o vírus, passar por um tratamento doloroso e em alguns casos morrer. Ou pior. Imagina viver com a culpa de ter transmitido o vírus para outra pessoa e essa pessoa morrer. A saudade que hoje temos esperança de ser passageira pode se tornar eterna e andar de mãos dadas com o remorso. E não adianta de nada depois ir para redes sociais culpar governo, médicos etc. Você sempre lembrará da vez que achou que seu ato não iria dar em nada.

Raphael Rickes/Rio Grande TEM

Foto: Pixabay

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