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Recorde de contaminação semanal desde o início da pandemia na Zona Sul do RS

A região da Zona Sul apresentou nesta quinta (13/01), o maior número de contaminações em uma semana desde o início da pandemia. De acordo com o panorama Regional n° 60 da covid-19 no período de 07 a 13 de janeiro de 2022, foram confirmados 3449 novos casos de coronavírus na Região Sul. O índice é o maior observado desde o início da pandemia.

Conforme os dados, Pelotas é o município com maior número de notificações em sete dias, sendo 1.583 correspondendo a 45,9% dos casos em toda a região.

O município de Jaguarão é o que se observa o maior aumento na taxa de contaminação, sendo 14,60%.

Em Rio Grande o número de casos confirmados para o período de sete dias foi de 386, representando um aumento de 1,74%.

Foram confirmadas 4 mortes nos últimos sete dias em decorrência da covid-19 na região sul.

A alta do número de casos tem sido observada em toda a região, e de acordo com a análise mais recente desenvolvida por pesquisadores do Projeto Exactum, do Instituto de Matemática, Estatística e Física (Imef) da FURG, há forte aceleração na taxa de contaminação por Covid-19 em Rio Grande, Pelotas e em todo o Rio Grande do Sul.

Segundo os pesquisadores, as causas prováveis para aumento dos números podem ser associadas ao relaxamento de medidas de prevenção e ao surgimento da variante Ômicron. Conforme o estudo, o parâmetro mais significativo de uma epidemia é o Índice de Reprodução Basal (R0).

O estudo indica que no dia 08 de janeiro, Rio Grande estava com R0=1,51, o que presenta que 100 novos infectados transmitem para outros 151 indivíduos, caracterizando crescimento fortemente acelerado.

Em 09 de janeiro, Pelotas estava com R0=1,35, ou seja, indicando que 100 novos infectados transmitem para outros 135 indivíduos, caracterizando também crescimento fortemente acelerado.

Conforme explica o estudo, o ideal é que o índice R0 esteja inferior a 1, provocando assim desaceleração no crescimento do número de casos. Os estudiosos argumentam que para que a desaceleração ocorra são necessárias medidas de prevenção, sendo as principais a vacinação da população e a ampliação do isolamento social.

Ainda segundo a análise, o distanciamento social, uso obrigatório de máscaras e atitudes frequentes de higienização das mãos também contribuem para a diminuição do índice R0.

Jornalista Thuanny Cappellari/RIO GRANDE TEM

Foto: Arte/RIO GRANDE TEM

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