Relatório aponta custo do cesto básico em Rio Grande com aumento de 12,80% em relação a fevereiro de 2020
Pesquisadores retomam atividades após período de recesso durante pandemia
O Centro Integrado de Pesquisas (CIP) do Instituto de Ciências Econômicas, Administrativas e Contábeis (Iceac), analisava mensalmente o custo do cesto básico em Rio Grande. Em decorrência da pandemia, o grupo de pesquisadores suspendeu as atividades em 2020. Retomando as análises em 2021, a equipe do CIP lançou novo relatório que aponta o custo do cesto básico para o município do Rio Grande no mês de fevereiro.
Com preço de R$998,54, o custo teve queda de 0,05% em relação a janeiro de 2021. Já fazendo comparação entre fevereiro de 2020 e fevereiro de 2021, o aumento do custo do cesto foi de 12,80%, significando que o custo de vida das famílias de Rio Grande ficou mais caro para os produtos básicos de alimentação, de higiene e de limpeza.
Dos 51 produtos que compõem o cesto básico, 28 apresentaram aumento de seus preços entre fevereiro e janeiro, 22 apresentaram queda e apenas um manteve seu preço inalterado. Os produtos que apresentaram maior variação dos preços para o mês de fevereiro foram alface com +60,36%, tomate com +35,26%, cebola com +33,92% e presunto magro com +29,23%. Por outro lado, os produtos que tiveram queda na variação dos preços foram papel higiênico (-35,20%), vinagre de álcool (-28,78%), achocolatado em pó (-23,11%) e sal (-16,78%).
O relatório também apresenta análise da contribuição de cada produto no custo do total do cesto básico. Os produtos que mais contribuíram para o aumento do custo do cesto básico em fevereiro foram carne bovina, cerveja, alface e queijo. Já no sentido oposto, os produtos que contribuíram para a diminuição do custo do cesto foram o leite longa vida, papel higiênico, arroz e carne de frango.
Metodologia
O relatório apresenta a análise do custo do cesto básico, composto por 51 produtos divididos nos grupos de alimentação, higiene, limpeza e gás de cozinha, além de cigarro e cerveja. As despesas do cesto básico correspondem, em média, a uma família de três pessoas com uma faixa de renda média de um a 21 salários mínimos.
A metodologia que gerou o cesto básico envolve o comportamento das famílias em relação aos principais itens adquiridos mensalmente. Por isto, mesmo que teoricamente não faça sentido o cigarro e a cerveja serem itens básicos no consumo das famílias, o cesto básico reflete as escolhas tomadas pelas famílias.
Agência Brasil
Foto: Pixabay