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Reunião discute perspectiva da safra do camarão em 2019

Aconteceu hoje (17) uma reunião da Secretaria de Município da Pesca, na Fototeca da Prefeitura Municipal, sobre a perspectiva da Safra do Camarão em 2019, que contou com a apresentação de Luiz Felipe Dummond, professor do Instituto de Oceanografia da Universidade Federal do Rio Grande. Na oportunidade, o docente exibiu alguns apontamentos das pesquisas sobre o crustáceo realizadas pelo Instituto.

Estavam presentes na atividade o secretário de Município da Pesca, Cláudio Costa, o vice-prefeito Paulo Renato Mattos Gomes, a pastoral de pescadores e pescadoras de algumas comunidades, a Emater, o IBAMA e os Laboratórios de Pesquisa de Oceonografia e Peixes.

A apresentação, além de exibir dados e levantamentos feitos pela Universidade, destacou questões sobre o arrasto, o defeso, a autofiscalização e a possível digitalização de um banco de dados sobre a pesca na região.

“Eu, como representante da Universidade e atualmente desenvolvendo pesquisa, não consigo ver a pesquisa em biologia pesqueira sem a participação do pescador. A gente precisa interagir com o pescador desde as informações de base, coleta de dados e ainda sobre o entendimento deles sobre o processo, sobre os fenômenos. Também é a obrigação da Universidade que possa devolver essa informação de uma forma prática porque não é possível desconectar essas duas coisas: o pescador artesanal e a academia. A gente vê que a pesquisa científica dentro da universidade deu origem a uma série de novas leis, como a exclusão do arrasto das 12 milhas, que é uma legislação que tem origem a partir de uma pesquisa científica realizada dentro do meio acadêmico e que tem uma aplicação prática no dia a dia do pescador”, destacou o professor.

Ainda, sobre a safra de 2019, o professor afirmou que a expectativa é de mais de 2.500 toneladas. “A perspectiva para o ano que vem é boa. O monitoramento que a gente tem feito da entrada das pós-larvas é bem promissor; até o mês de outubro tínhamos verificado nenhuma entrada, mas em novembro já verificamos uma entrada bem significativa de pós-larvas. A informação é que a salinidade está bastante alta dentro do estuário e esse é um indício forte que a safra deve ser boa e provavelmente acima de 2.500 toneladas”, argumentou.

O secretário Cláudio Costa também falou sobre a relevância do trabalho realizado pela Universidade e a boa perspectiva para a próxima safra.  “Temos feito esse trabalho em conjunto com a universidade, com o departamento de Oceanografia, até para acompanhar a principal safra que a gente tem no estuário que é o camarão,o principal sustento dos três mil pescadores e pescadoras dentro dos 4 municípios. A Universidade tem feito levantamento, dados e acompanhamento de como essa safra poderá se comportar e a gente tem conversado com os pescadores. Estivemos reunidos para ver a questão de como pescar um camarão adequado, de um tamanho bom e a outra parte também da fiscalização. É necessário que a comunidade saiba que a safra só será aberta no dia primeiro de fevereiro e que o camarão comercializado agora nesse período é ilegal e que, muitas vezes, é vendido inclusive por quem não é pescador”, concluiu.

Assessoria de Comunicação/PMRG

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