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Rio Grande do Sul tem dois casos confirmados e seis suspeitos de Monkeypox

Doença viral é endêmica no continente Africano e já foi identificado em 48 países

A Secretaria da Saúde (SES) mantém a vigilância sobre a ocorrência de casos de Monkeypox no Estado. Até o momento, são dois casos já confirmados (um em residente de Porto Alegre e outro de um morador de Portugal em viagem à Capital). Outros seis casos suspeitos estão em investigação.

Os casos já passaram por atendimento médico e estão sendo monitorados, assim como seus contatos, pelas Secretarias de Saúde do Estado e do Município.

Situação da Monkeypox no RS (em 28/06/22)

Casos confirmados:

  • 1 homem residente de Porto Alegre
  • 1 homem residente em Portugal (em visita a Porto Alegre)

Casos suspeitos:

  • 5 pessoas residentes na Macrorregião Metropolitana
  • 1 pessoa residente na Macrorregião Centro-Oeste

Dados do Ministério da Saúde até essa segunda-feira (28) registravam 20 casos confirmados no país: 14 em São Paulo, quatro no Rio de Janeiro e os dois do RS. No mundo, são quase 4,3 mil casos confirmados em 48 países.

Definição dos casos

Caso suspeito: indivíduo que, a partir de 15/03/22, apresente início súbito de erupção cutânea aguda sugestiva de Monkeypox, única ou múltipla, em qualquer parte do corpo, associada ou não a adenomegalia ou relato de febre. E um dos seguintes vínculos:

  • Histórico de contato íntimo com desconhecido/a(s) e/ou parceiro/a(s) casual(is), nos últimos 21 dias que antecederam o início dos sinais e sintomas;
  • Ter vínculo epidemiológico com casos confirmados de Monkeypox, desde 15/03/22, nos 21 dias anteriores ao início dos sinais e sintomas;
  • Histórico de viagem a país endêmico ou com casos confirmados de Monkeypox nos 21 dias anteriores ao início dos sintomas;
  • Ter vínculo epidemiológico com pessoas com histórico de viagem a país endêmico ou país com casos confirmados de Monkeypox, desde 15/03/22, nos 21 dias anteriores ao início dos sinais e sintomas.

Caso confirmado: indivíduo que atende à definição de caso suspeito com resultado/laudo de exame laboratorial “Positivo/Detectável” para Monkeypox virus (MPXV) por diagnóstico molecular (PCR em Tempo Real e/ou Sequenciamento).

Sobre a doença

A Monkeypox é uma doença viral, e a transmissão entre humanos ocorre principalmente por meio de contato pessoal com secreções respiratórias, lesões de pele de pessoas infectadas ou objetos recentemente contaminados. A doença causa erupções que geralmente se desenvolvem pelo rosto e depois se espalham para outras partes do corpo. Quando a crosta desaparece, a pessoa deixa de infectar outras pessoas. O período de incubação é de 6 a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias.

O diagnóstico da doença é realizado de forma laboratorial, por teste molecular ou sequenciamento genético. O teste deve ser realizado em todos os pacientes que forem enquadrados na definição de caso suspeito. As amostras estão sendo direcionadas para os laboratórios de referência, que para o Rio Grande do Sul é o Instituto Adolf Lutz de São Paulo (IAL/SP).

Uso do termo “Monkeypox”

Para evitar que haja um estigma e ações contra os Primatas Não Humanos (macacos), o Ministério da Saúde optou e orienta por não denominar a doença no Brasil como varíola dos macacos. Embora tenha sido identificado originalmente em animais desse gênero, o surto atual não tem relação com ele Apesar do estrangeirismo, uma tentativa de solucionar a situação foi a de usar a denominação dada pela Organização Mundial da Saúde (OMS): Monkeypox. Segundo a pasta do Governo Federal, isso tem o intuito de evitar desvio dos focos de vigilância e ações contra os animais.

Ascom SES RS

Foto: SES RS

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