Rio Grande resiste ao Yakecan e poucos danos são registrados
Com ventos que chegaram a 97km/h, a tempestade Yakecan mobilizou a Prefeitura do Rio Grande, que preparou um plano de ação especial para enfrentar o evento climático. Desde segunda-feira, equipes de diversos setores foram mobilizadas para atender à comunidade. O esforço e o planejamento deram certo e todos os chamados foram atendidos rapidamente. Ao longo da quarta-feira equipes da Prefeitura cumpriram ações de rescaldo em áreas específicas da cidade, mas nenhum grande prejuízo foi registrado. Ao todo foram a Defesa Civil atendeu 64 ocorrências, sendo duas casas destelhadas. Nenhuma família foi desalojada e não se teve registros de feridos.
“Montamos um Gabinete de Crise com diversas secretarias, que foram parceiras da Defesa Civil e trabalhamos em conjunto. O resultado foi um atendimento de excelência à comunidade, com tempo de resposta de 12 a 18 minutos entre uma ocorrência e outra. Mesmo passado o pior continuamos nas ruas, em prontidão”, diz o Ordenador da Defesa Civil, Rudimar Machado.
Para o Prefeito Fábio Branco, o trabalho transversal contribuiu para que Rio Grande sofresse pouco. “Temos que agradecer a Deus por não ter sido tão intenso quanto se imaginava, mas é preciso reconhecer que a Defesa Civil e de todos os outros órgãos, se organizaram e estavam preparados para prestar atendimento à população. As respostas foram positivas. Vamos cada vez mais nos organizar para que, quando tiver necessidade, se possa estar preparado tecnicamente como desta vez”, declara.
Destelhamentos
Duas casas tiveram os telhados danificados pelo vento, uma no bairro Nossa Senhora de Fátima e outra na vila Maria dos Anjos. A Defesa Civil esteve nos locais para a entrega de lonas. Durante a tarde, as famílias devem receber visita de um assistente social para realizar o levantamento necessário para efetivar a doação de telhas.
Queda de árvores
Segundo dados da Defesa Civil, até a madrugada desta quarta-feira foram registradas seis quedas de árvores em via pública e seis em terrenos particulares. Outras seis árvores apresentam risco de queda em via pública.
Há também novas quedas que ocorreram na manhã de hoje. A equipe está monitorando essas situações e realizando a retirada da vegetação que atrapalham o trânsito e/ou apresentam risco à população.
Energia
Outro problema constatado foram as quedas de cinco postes. Na tarde de quarta-feira equipes da CEEE/Equatorial ainda trabalhavam para restabelecer linhas rompidas e o fornecimento de energia para algumas partes da cidade.
Avanço do mar
No Cassino e na Barra, o mar avançou em direção ao continente, alcançou a BR-392 e as ruas próximas à praia na região da estátua de Iemanjá. As águas também cobriram parte dos Molhes e chegaram a entrar em uma residência. Na quarta-feira a situação foi normalizada.
Lancha
Após negociações coordenadas pela Prefeitura do Rio Grande e a melhora das condições climáticas, um grupo de moradores que não tinha onde se hospedar em Rio Grande foi transportado por uma lancha do estaleiro EBR de volta a São José do Norte. A situação ocorreu devido à interrupção do serviço da Transnorte devido ao mau tempo. A lancha com o grupo zarpou as 18h da Hidroviária e 80 pessoas fizeram a travessia de volta.
Já um grupo de 30 moradores de Rio Grande ficou sem ter como voltar de São José do Norte. A Prefeitura do município vizinho se encarregou do atendimento ao grupo, que pode retornar a Rio Grande na manhã desta quarta.
O transporte entre as duas cidades foi normalizado no início da manhã.
Cassino
De acordo com o secretário Irajá Pelegrini o Cassino sofreu basicamente com a falta de energia causada pela queda de poste e rompimento da fiação. Todos problemas foram encaminhados para atendimento da CEEE/Equatorial. Com o avanço da água até próximo da estátua de Iemanjá algumas guaritas de salva-vidas foram danificadas. As estruturas serão retiradas e recuperadas na oficina da secretaria.
Zeladoria
As bombas de drenagem pluvial que garantem o escoamento da água da chuva acumulada nas ruas da cidade funcionaram bem durante a passagem do ciclone Yakecan. Nas últimas 24 horas não foram registrados alagamentos graves em nenhum ponto da cidade.
Na noite de terça-feira (17), quando o vento diminuiu de intensidade, uma equipe com três caçambas, máquinas pesadas, caminhonetes e funcionários saiu às ruas para recolher galhos derrubados, folhas e o que mais pudesse colocar o trânsito ou as galerias de drenagem em risco.
Assessoria de Comunicação Social – Prefeitura Municipal do Rio Grande
Foto: Divulgação