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Roda de conversa discute valorização de objetos na percepção histórica e preservação do legado rio-grandino

Unindo diferentes áreas e perspectivas, o último dia de Semana de Patrimônio no prédio da Alfândega, sexta-feira (18), contou com uma roda de conversa com o tema “Imagem, tempo, memória e Cais”, ministrada pela IAB – Núcleo Cidade do Rio Grande com a participação do grupo de trabalho da Archaeos Consultoria em Arqueologia. A roda de conversa teve como objetivo dialogar sobre os registros nas temáticas do Cais do Porto do Rio Grande através da Exposição “Os antigos cartões postais e a imagem da cidade do Rio Grande” e da “Caminhada ao Sítio Arqueológico Porto Histórico”.

O evento também contou com a presença da primeira-dama e Secretária de Desenvolvimento, Inovação e Turismo (SMDIT), Lu Compiani Branco, e de João Reguffe, revisor da editora da Universidade Federal do Rio Grande (FURG), colecionador de cartões postais e membro do grupo que concebeu a exposição focalizada na conversa.

A atividade, com quase uma hora de duração, teve como propósito proporcionar aos participantes uma reflexão sobre a importância da paisagem, das atividades e edificações que nos cercam ao longo do viver de cada um como referenciais de memória de tempo, lugar, vivências, sentimentos, expressões e interações e o quanto essa composição de fatores nos interligam e ancoram nosso sentido de pertencimento. Durante a conversa, foram abordadas as áreas da arqueologia, bem como a arquitetura e os registros históricos do município.

Liane Friedrich, arquiteta e presidente do Núcleo Cidade do Rio Grande do IAB, compartilhou sua perspectiva sobre a importância desses encontros, enfatizando a necessidade de uma análise aprofundada do patrimônio.  “Queríamos, com essa conversa, que os participantes refletissem sobre a importância de um material, vamos dizer, um cartão postal. Então, tudo que se extrai de um cartão postal em níveis de sentimento, de história, de tempo e de espaço e com isso, abrir para as pessoas essa visão de que tudo para nós, tudo tem um significado. Ainda, no caso de cartões postais e do trabalho dos arqueólogos, esse pequeno pedacinho que encontraram nos traz informações em termos de tempo, lugar, espaço e história”, disse a arquiteta.

Ao longo da discussão, emergiram questionamentos sobre a relevância de resgatar diversos documentos que registram informações sobre gerações passadas, estruturas antigas e acontecimentos políticos. Lu Compiani enfatizou a busca por esses registros como um foco prioritário para o desenvolvimento da cidade. Ela expressou o desejo de continuar esses diálogos em futuros eventos e edições da Semana do Patrimônio, na esperança de sensibilizar a comunidade sobre a importância de preservar tais objetos, cruciais para a reconstrução da história do Rio Grande.

Além disso, a discussão também ressaltou a necessidade de uma colaboração mais estreita entre as esferas da arqueologia e da arquitetura, a fim de garantir a preservação do legado local. “No ambiente tudo é interconectado e entre profissões também, nós precisamos do outro mas não se temos conta disso. O quanto um pode fornecer informações importantes para que possa ter um trabalho mais rico e mais engrandecido, no sentido de dar mais elementos para construir as obras com mais identidade, principalmente numa cidade histórica como Rio Grande, onde é importante manter a identidade da cidade registrada, mesmo que de forma mais moderna”, finaliza Liane.

Assessoria de Comunicação Social Prefeitura Municipal do Rio Grande

Foto: Divulgação

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