Saúde promove campanha para alertar sobre violência contra população LGBT
No Brasil, em 2018, ocorreram 420 mortes entre a população de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transsexuais (LGBT)
No Rio Grande do Sul, de 2014 a 2017, foram notificados 983 casos de violência contra homossexuais e bissexuais. Contra travestis, mulheres e homens trans, foram 577 casos notificados. No Brasil, em 2018, ocorreram 420 mortes entre a população de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transsexuais (LGBT) por violência. Esses casos costumam estar relacionados ao preconceito contra a diversidade sexual.
Conforme Iuday Gonçalves Motta, da coordenação Estadual da Saúde da População LGBT da Secretaria da Saúde (SES/RS), a notificação dos casos de violência contra essa população é compulsória a profissionais da saúde. Segundo ele, esses dados reforçam a importância de se trabalhar com o tema da violência nos locais de trabalho, com foco na sensibilização de profissionais da área.“Realizamos capacitações junto a trabalhadores e trabalhadoras da saúde abordando a questão da violência motivada pelo preconceito contra a diversidade sexual”, explica.
Neste contexto, a tarefa da SES é apoiar os municípios para o trabalho de combate à violência. “Atividades de capacitação contribuem para que se discuta o assunto e são uma oportunidade para reforçar a necessidade de se notificar casos de violência e atuar de forma articulada com a vigilância em saúde do município.” Ele diz que não se trata de denúncia nem de boletim de ocorrência policial, mas de registro para fins epidemiológicos e estatísticos.
Visibilidade do preconceito
Com o tema “Visibilidade faz bem à saúde, preconceito não”, a coordenação de saúde da população LGBT da SES/RS divulgou uma campanha pelo Dia Internacional contra a LGBTfobia, 17 de maio. “Essa campanha busca dar visibilidade às pessoas LGBT e expor os números da violência contra elas, trazendo o problema do preconceito e da discriminação para a discussão na sociedade”, salienta Iuday.
A publicação aposta no conceito de que “a identificação, o acolhimento humanizado e a notificação da violência são ações importantes para enfrentar a Lgbtfobia”.
O 17 de maio foi instituído como uma referência de mobilização em torno dos direitos LGBT porque foi nesta data que a Organização Mundial da Saúde (OMS) deixou de considerar a homossexualidade como doença, em 1990.
Para denunciar casos de violência
Disque 100 – para romper o silêncio
Disque-denúncia/Porto Alegre 0800-64 20 100
Por meio do site do HumanizaRedes
SECOM RS
Foto: Divulgação/SES