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Secretaria de Agricultura intensifica ações para minimizar efeitos da estiagem

Em função das altas temperaturas e dos fortes ventos das últimas semanas, a estiagem que atinge o estado também começa a apresentar efeitos em Rio Grande. Regiões como Povo Novo, Palma e Domingos Petroline estão entre as mais atingidas. Culturas como milho, soja e pastagens são as mais atingidas. A situação tem sido acompanhada de perto pelas equipes da Secretaria da Pesca, Agricultura e Cooperativismo (SMPAC) e ações de limpeza e aprofundamento de açudes já estão sendo realizadas.

“Nas últimas semanas tivemos muito vento e sol forte, e secou muito rápido. As águas somem, como a gente diz. Então muitos produtores pediram reforço para limpeza dos açudes ou aprofundamento e já estamos fazendo esse serviço. É uma rotina do verão, quando seca, vamos limpando, aprofundando e fazendo novos açudes”, destaca o secretário municipal Bercílio Silva.

Além disso, já foi solicitado à Emater/RS-Ascar um relatório para detalhar o cenário da estiagem no município, que deverá ser entregue no início de janeiro. O documento servirá como base para definir áreas prioritárias e novas ações a serem desenvolvidas para minimizar os efeitos. “Ainda estamos em dezembro, em janeiro costuma chover mais um pouco, o que pode recuperar algumas culturas de verão”, afirma Bercílio.

De acordo com o chefe do escritório da Emater de Rio Grande, Rogério Silveira, a equipe da unidade tem realizado visitas a propriedades rurais e mantido contato com produtores de todas as regiões do município. A estimativa é que no final da próxima semana possam ser divulgadas mais informações sobre o contexto da estiagem, que serão apresentados ao Conselho Municipal de Desenvolvimento da Agropecuária, Pesca, Micro e Pequena Empresa do Rio Grande (Comaperg) para deliberação sobre novas ações.

IMPACTOS

Na avaliação de Silveira já existem efeitos da estiagem, mas ainda não foi possível mensurar em números de perdas nas lavouras. Ele destaca que no período de 13 a 19 de dezembro foi registrado um volume de chuva na casa dos 17mm, quantidade considerada escassa, mas que já serviu de auxílio para culturas como a soja, que tem maior tolerância à seca e está em fase inicial de desenvolvimento. Por outro lado, a previsão para os próximos meses não é boa, pois são esperados níveis igualmente baixos de precipitação e temperaturas ainda mais altas.

“O futuro é preocupante. Ainda não temos seca como norte e noroeste do estado, mas a previsão de chuva e temperatura é pessimista. Podemos ter perdas significativas, no milho, soja e na pecuária também, porque os animais não terão pastagens para uma alimentação adequada”, afirma.

Assessoria de Comunicação Social – Prefeitura Municipal do Rio Grande

Foto: Fábio Garcia

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