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Seminário sobre Sepse no HU-Furg discute melhorias no tratamento de pacientes

Mais conhecida como infecção generalizada, a condição é grave e um problema de saúde pública

No Dia Mundial da Sepse, 13 de setembro, o Hospital Universitário Dr. Miguel Riet Corrêa Jr., da Universidade Federal do Rio Grande (HU-Furg), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), sediou o I Seminário de Sepse: “A Trajetória do Paciente com Sepse”. A sepse, também conhecida como infecção generalizada, é uma resposta inflamatória desregulada do corpo a uma infecção (bacterianas, virais, fúngicas ou parasitárias), que pode resultar em falência de órgãos e, até, levar à morte.

Para a superintendente do HU-Furg, Sandra Crippa Brandão, “O impacto da sepse é sentido em todos os níveis do sistema de saúde. Como Hospital Universitário, temos a responsabilidade de não apenas formar e capacitar profissionais da área, mas também promover a troca de experiências e o debate sobre tema tão relevante. Nosso compromisso é trabalhar constantemente para melhorar a qualidade da assistência prestada e formar profissionais cada vez mais qualificados. Parabenizo a todos pela organização deste evento tão importante”.

O evento, realizado no Anfiteatro da Área Acadêmica, foi organizado pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) da Unidade de Vigilância em Saúde (UVS) do Hospital. O objetivo foi reforçar a capacitação dos profissionais que atuam nas unidades de internação do HU-Furg e contribuir para o conhecimento dos acadêmicos, promovendo discussões sobre prevenção e controle da sepse, bem como refletir sobre o atendimento ao paciente com sepse.

Segundo a chefe da UVS, Clarice Ana Dalla Vechia Hamilton, “Compreender o percurso do paciente até o diagnóstico de sepse nos permite evitar desfechos desfavoráveis. Lembramos que a morte por sepse é considerada evitável em muitos casos, e é nosso dever contínuo trabalhar para reduzir sua taxa de mortalidade”. Conforme o Ministério da Saúde, a sepse é uma das principais causas de mortalidade nas UTIs no Brasil. O Brasil apresenta uma das mais altas taxas de mortalidade por sepse no mundo, com números que chegam a 30% a 60%, dependendo da gravidade e do acesso a cuidados adequados.

O Seminário destacou a importância da prevenção e do manejo da sepse, incluindo definições e tratamento clínico, sepse em pacientes vivendo com HIV/aids, reabilitação pós-sepse, uso de antimicrobianos e controle de dispositivos invasivos.

→ Confira a programação completa

Conforme a infectologista do HU-Furg, Heruza Zogbi, “É fundamental que todos nós, profissionais de saúde, tenhamos a responsabilidade de manejar adequadamente os pacientes. Acredito que as discussões foram muito proveitosas para atualização dos profissionais e para a reflexão dos acadêmicos sobre a sepse e o choque séptico, promovendo melhorias no atendimento ao paciente com sepse”.

Já a enfermeira do SCIH, Zoe Victoria, destacou que o Seminário estava alinhado com a campanha “A trajetória do paciente com sepse” da Organização Mundial da Saúde (OMS). Além disso, avaliou: “Acreditamos que o objetivo do Seminário foi atendido, pois o número de inscritos superou a nossa expectativa, ultrapassando as 150 vagas disponíveis”.

Prevenindo a sepse

A infectologista Heruza ressaltou que “a sepse é um grave problema de saúde pública mundial, juntamente com a resistência bacteriana. Por essa razão, aderimos ao movimento do Dia Mundial de Combate à Sepse com o intuito de debater ativamente as causas, medidas de prevenção e principalmente a identificação precoce dos casos de sepse, contribuindo para impactar na mortalidade”.

A prevenção da sepse é uma prioridade nos ambientes hospitalares com a adoção de práticas e medidas importante:

  • Higienizar as mãos com água e sabão e/ou com álcool 70%.
  • Adotar o conceito de “Adorno Zero”, conforme preconiza a NR 32.
  • Utilizar a paramentação adequada.
  • Usar corretamente os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).
  • Usar os dispositivos de acordo com as recomendações da Anvisa.
  • Usar os dispositivos de forma apropriada.
  • Reduzir o tempo de permanência de dispositivos invasivos.
  • Manter a precaução padrão – medidas de segurança para os profissionais da saúde.
  • Seguir as diretrizes estabelecidas pelo SCIH.
  • Respeitar os protocolos de limpeza.
  • Diagnosticar precocemente os sinais clínicos de sepse para garantir um tratamento terapêutico adequado.

Além disso, é importante controlar a circulação de pessoas no ambiente hospitalar, limitar o consumo de alimentos nas enfermarias, bem como promover a educação e conscientização dos acompanhantes e familiares. A enfermeira Zoe enfatizou: “Quando entendermos que a responsabilidade pelo cuidado do outro está em nossas mãos, conseguiremos reduzir os sinais clínicos de infecção e a incidência de sepse”.

Coordenadoria de Comunicação Social Ebserh

Foto: Divulgação

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