Solicitações de cestas básicas passam a ser centralizadas nos CRAS mais 359 cestas foram entregues hoje (16)
Na manhã desta terça-feira (16), as coordenadoras dos quatro Centros de Referência em Assistência Social (CRAS) do município acompanharam o roteiro de entregas de cestas básicas, realizado pelas equipes da Defesa Civil. Cada coordenadora participou na área de abrangência do CRAS de sua responsabilidade. Cerca de 40 famílias foram visitadas para entrega das cestas e diálogo a respeito da situação. A Defesa Civil realizou o restante das entregas, chegando ao total de 359 cestas básicas distribuídas. Além das sacolas com os alimentos, as coordenadoras deixaram um pequeno presente e uma mensagem de carinho para as famílias beneficiadas. Também foram distribuídos folders com informações a respeito da doença e os métodos de cuidado para evitar a transmissão do vírus. Todo o processo seguiu os protocolos de cuidado e higienização estabelecidos pelos órgãos de saúde para o enfrentamento ao Coronavírus.
A responsável pela Secretaria de Cidadania e Assistência Social, Ana Fausta, destacou que, além da entrega das cestas, é muito importante manter o vínculo com as famílias. “Além do foco da distribuição das cestas, tem a questão do vínculo dos técnicos dos CRAS com as famílias, que antes era feito através do trabalho coletivo com os grupos do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV). Hoje elas levaram, junto com a cesta básica, um mimo e uma mensagem elaborada pela equipe, com mensagem de afeto e esperança, além de informações. Farão muita diferença nesse momento de isolamento em que esse tipo de atividade coletiva está suspensa”, avaliou. Ao todo, segundo dados da secretária, a SMCAS já coordenou a entrega de 17.396 cestas básicas para a comunidade
Maria Alice Mattos Salcedo, coordenadora do CRAS Hidráulica, ressaltou que “a intenção foi participar dessa entrega pessoalmente e levar um mimo para as famílias, pois agora todo o trabalho será realizado pelos CRAS”. Segunda ela, as entregas seguirão sendo realizadas pelas equipes da Defesa Civil.
Avaliações de solicitações passam a ser centralizadas nos CRAS
O atendimento dos CRAS a população rio-grandina tem funcionado de forma diferenciada desde o começo das medidas de restrição que buscam minimizar os impactos do vírus, no início de março. Entretanto, segundo Maria Alice, desde o início do mês de junho todas as solicitações de cestas básicas têm sido recebidas pelos CRAS, que passaram a ser responsáveis pelas avaliações das situações das famílias e encaminhamento das cestas básicas. “Desde 1º de Junho as solicitações e avaliações são realizadas exclusivamente pelas equipes dos CRAS, o que facilita pois, em geral, já conhecemos bem nossas áreas de abrangência e suas vulnerabilidades. O usuário se sente melhor, pois a maioria já conhece o equipamento. Também estamos tendo a oportunidade de explicar a eles todo o trabalho disponibilizado dentro do local e suas equipes de referência”, frisou.
Conforme a coordenadora, o objetivo da alteração foi centralizar “de maneiras mais clara e objetiva as solicitações de entrega”, e oportunizar uma análise mais criteriosa com as famílias. “Assim sabemos quando a família será contemplada. Também temos a oportunidade de realizar uma avaliação mais técnica das necessidades da família, um olhar mais abrangente em todo o contexto familiar, suas necessidades. A partir desse atendimento primário, podemos realizar encaminhamentos mais rápidos, evitando duplicidades nas solicitações e outros problemas”, disse.
Ela acrescenta que a população deve realizar as solicitações diretamente no CRAS de abrangência na região onde mora, pessoalmente ou pelo novo modelo do Disk Acolher CRAS, que manteve o mesmo número: 0800 642 6050. Para receber as cestas isso é necessário responder um questionário de cadastro no momento de solicitação. Esse documento passa por uma análise técnica, que determina se o auxílio será concedido ou não, o que, segundo a coordenadora do Cras Hidráulica, “permite que um maior número de famílias tenha acesso ao benefício”.
Dianelisa Amaral Peres é responsável pela coordenação do CRAS Cidade de Águeda e concorda que a mudança foi positiva, justamente pelo vínculo que existe entre as famílias e as equipes dos centros. “Como trabalhamos no território e umas das bases do trabalho é o fortalecimento de vínculo com os usuários do serviço e também com a comunidade, acredito que centralizar essas avaliações no CRAS foi muito positivo. Além de já estarmos habituados a realizar esse tipo de trabalho, conhecemos de perto as famílias e a realidade vivenciada por elas”, afirmou. Ela ainda descreveu um pouco da situação vivenciada pelas pessoas atendidas desde o início da pandemia. “Nesses três meses o cenário foi bem diferente. No primeiro mês houve muito pânico e muita necessidade, muita fome. No segundo mês o foco foi mais no auxílio do governo federal. Hoje tem muita gente que não recebeu esse auxílio e está numa situação de extrema vulnerabilidade. É para esse público que temos que ter um olhar especial e dar esse suporte com as cestas”, declarou.
Maria Alice Salcedo, do Cras Hidráulica, também comentou como tem sido a realidade enfrentada pelas famílias. “As famílias têm se mostrado muito apreensivas em relação ao futuro. O que vai acontecer? Quanto tempo vai durar? Toda essa situação tem causado um certo pânico nas famílias mais carentes do município. Temos nos colocado à disposição todo tempo para que todas se sintam acolhidas nesse momento de apreensão e insegurança e buscado inúmeras maneiras de manter o serviço funcionando, mesmo com as dificuldades causadas pela pandemia. Temos comentado com as famílias que o momento é de incertezas, mas precisamos nos manter calmos, coesos e lembrar do outro. Paciência, consideração e empatia”, enfatizou.
Assessoria de Comunicação PMRG
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