Somos sujeitos e/ou apenas mais um(a) na sociedade
Adquirimos existência social quando somos aceitos (as) como pertencentes a um determinado grupo social. E pertencer a uma classe e/ou grupo é simplesmente estar de acordo com os seus requisitos, seus costumes, comportamentos e/ou ideologias. Contudo, esses requisitos são aspectos formais e nem sempre têm relação com a prática, ou seja, não garantem se iremos agir desse ou daquele modo realmente. Então, quanto aos aspectos formais, normalmente nos faz fugir à realidade e, assim, entramos no campo da lógica e, com isso, escapamos àquilo que deveria nos legitimar como humanos. A existência social poupa, costuma poupar, os indivíduos de constrangimentos e/ou de possíveis bullying. Quero dizer, embora a palavra bullying tenha sido cunhada há pouco tempo, na prática sempre existiu, desde tempos imemoriais. A existência social também garante ao indivíduo uma aceitação entre seus semelhantes. Aceitação essa que é, no mínimo, cômoda para a maioria, enquanto extremamente angustiante para outros, principalmente para aqueles que se constituem e/ou querem se constituir como “sujeitos” e não como apenas mais um (a), em um processo de serialização em que, como já dizia Sartre, somos e/ou nos constituímos apenas como mais um (a) número na sociedade.
Ana Paula Emmendorfer (Professora de Filosofia e Lógica – Doutora em Filosofia/Unisinos-RS)
Foto: Divulgação
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